PORTO VELHO Tempo

Ministério Público recomenda providências urgentes ao governo de Rondônia para fazer frente a onda de manifestações

Compartilhe no WhatsApp


 Foto:Carolina Brasil/G1-Rede Amazônica


O MPRO, por meio de seu Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, expediu nesta sexta-feira (4/11) uma recomendação para que o governo do estado adote as medidas necessárias para pôr fim à onda de manifestações que vêm ocorrendo em vários municípios e estradas desde o último domingo, dia da eleição.

No documento, o Procurador-Geral de Justiça sugere o acionamento da Força Nacional de Segurança Pública – (FNSP) para monitorar os pontos de manifestação de Extrema, Nova Califórnia, Jaci Paraná, Vista Alegre do Abunã e Ariquemes, bem como outros locais que sejam indicados pela Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Estado de Rondônia, evitando novos bloqueios nas rodovias e garantindo, mediante policiamento ostensivo, a segurança daqueles que nelas circulam.

Também é recomendado pelo Chefe do MPRO que seja determinado ao Comandante da Força Nacional de Segurança Pública no Estado de Rondônia permanecer em contato direto com a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Estado para alinhamento das ações necessárias à efetividade do emprego da tropa.

O MP manifesta sua legítima competência constitucional em desempenhar as atribuições inerentes à defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual conferidas ao Ministério Público.

A recomendação destaca que há de se respeitar os direitos fundamentais garantidos na Constituição Federal, sendo ilegais e inconstitucionais manifestações que firam o direito de ir e vir dos cidadãos que não fazem parte do grupo manifestante.

No documento, o Procurador-Geral pontua que os bloqueios das Rodovias Federais no Estado de Rondônia, realizados por manifestantes desde o dia 30 de outubro, são flagrantes violações ao direito fundamental constitucionalmente estabelecido de locomoção das pessoas.

O texto destaca ainda comunicações encaminhadas no Ministério Público Estadual por parte das Prefeituras Municipais, relatando risco de falta de combustíveis e outros insumos importantes para o funcionamento de serviços essenciais, como saúde e educação, decorrente do desabastecimento causado pelos bloqueios.

A recomendação ressalta ainda que tais manifestações encontram limitações na própria Constituição Federal, não podendo os direitos de reunião e greve ser exercidos de maneira abusiva, de modo a ferir os direitos constitucionalmente postos e a garantia da ordem e da paz pública no Estado Democrático de Direito em que se assenta a República Federativa do Brasil.

Por fim, justifica ainda a recomendação que seja garantida a ordem pública e e incolumidade das pessoas, haja vista que a Segurança Pública é dever do Estado, bem como direito e responsabilidade de todos.

No bojo do documento consta a responsabilidade do Poder Executivo e das forças de segurança de tomarem todas as medidas necessárias e suficientes, a critérios das autoridades responsáveis para a imediata liberação de todas as vias públicas, que ilicitamente estejam com seu trânsito interrompido.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
...
Siga no Google News

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem