OPINIÃO DE PRIMEIRA – SEXTA-FEIRA- 22.09.2023
Afora tudo o que estão passando, sob o tacão exagerado de autoridades de órgãos ambientais e outros setores, os produtores rurais de Rondônia estão enfrentando mais uma enorme dificuldade. Com as constantes quedas no preço do gado, eles não estão conseguindo pagar suas dívidas de empréstimos feitos no passado e que precisam ser pagos a partir de agora. O deputado estadual Laerte Gomes, que está à frente de um esforço para que haja renegociação nos prazos destes pagamentos, esteve em Brasília, visitando os três senadores (Marcos Rogério, Jaime Bagattoli e Confúcio Moura) e deputados federais, entre os quais Thiago Flores e Sílvia Cristina, em busca de apoio para o pleito dos rondonienses, que estão vivendo momentos de desespero, sem terem como cumprir seus compromissos. Os financiamentos eram feitos para compra de gado, para consertar problemas na propriedade, arrumar pasto e tudo o mais que é necessário para a produção. Para entender: pequenos e médios produtores rurais, principalmente da pecuária, fizeram financiamentos nos bancos oficiais há cerca de três anos atrás. Os juros variavam de 7,5 a 5 por cento ao ano. Houve três anos de carência. Os pagamentos deveriam começar em 2023. Na época em que os financiamentos foram feitos, o preço de uma vaca (apenas como exemplo) estava na faixa de 6 mil reais. Hoje, caiu para, no máximo, 2 mil e 500 quinhentos reais. Quem comprou um bezerro a 3 mil reais, agora só consegue vender por 1 mil e 300 reais. Ou seja, eles simplesmente não têm como pagar tais empréstimos, pela violenta queda dos preços no mercado.
A proposta que Laerte Gomes está levando, em nome destes rondonienses que não sabem como sobreviver e ainda pagar empréstimos feitos numa outra realidade, quando o mercado estava em alta, é de que o governo federal suspenda os pagamentos das parcelas que vão vencer entre 2023 a 2025, jogando tudo para o final do financiamento, daí sim com os mesmos juros do contrato. Só com uma melhora da arroba do boi, o que se espera para um futuro próximo, é que os produtores poderão conseguir um fôlego, sem risco de perderem tudo para os bancos.
A PONTE BINACIONAL VOLTOU A FAZER PARTE DAQUELAS OBRAS QUE SÓ DEUS SABE QUANDO SERÃO CONCLUÍDAS
Mal anunciou a abertura da licitação para a obra, com pompa e circunstância, o governo federal simplesmente se viu obrigado a suspendê-la. Por que? Ora, porque os bolivianos não querem que a ponte tenha apenas 120 metros, mas a querem com 180 metros a mais de extensão, “para não prejudicar a navegação na área”, segundo informes vindos do lado de lá da fronteira. A motivação, segundo de ouve nos bastidores, seria apenas política, em função de confrontos que estão se registrando entre o governo de Beni, na divida com Guajará Mirim e com o Brasil e o governo boliviano. O ex-vice governador e ex-presidente da Fiero, Miguel de Souza, hoje atuando na assessoria de Confúcio Moura no Senado, foi quem comentou primeiro que o problema essencial era realmente protestos de grupos bolivianos, que querem que o projeto da ponte seja modificado, o que poderia demorar mais dois anos ou mais, só para a alteração. Em Brasília, a bancada federal rondoniense se mobiliza, para tentar com que o imbróglio boliviano não retarde em mais longos anos o início da obra. O Ministério das Relações Exteriores já está conversando com o governo da Bolívia, em busca de uma alternativa. Mas a verdade é que a suspensão do edital, que já estava correndo, foi publicada no Diário Oficial. Era bom demais para ser verdade!
PROJETO QUE CUSTOU 4 MILHÕES DE REAIS PODE TER QUE COMEÇAR DO ZERO E ATRASAR TODO O CRONOGRAMA
Para se entender um pouco mais o caso, o deputado Lúcio Mosquini confirma que a questão envolve uma dura batalha política entre o governador do Departamento de Beni e um dos principais ministros do governo boliviano. Ainda em 2017, Mosquini e o então senador Valdir Raupp Raupp destinaram emenda no valor de 4 milhões de reais para produzir o projeto da ponte binacional. Ele foi feito, depois de vários anos, sem qualquer contestação dos nossos vizinhos. “Agora, alegam que se a ponte for construída com a altura projetada e outros detalhes, previstos no projeto, o rio se tonará inútil à navegação em Guajará. Isso está longe de ser verdade. A altura da ponte será a mesma da que existe em Porto Velho, na BR 319 e, portanto, nunca impediria a passagem de barcos, mesmo os maiores. Além disso, na área onde a ponte está projetada, a navegação hoje já é impraticável”, explica. O parlamentar do MDB explica que caso tudo tenha que ser projetado novamente, além do grande gasto, ainda demorará pelo menos mais dois anos de atraso na licitação. Mosquini afirmou já ter levado o assunto ao ministro da Infraestrutura, Renan Filho e que está em busca de alternativas para o problema causado pelos bolivianos.
FINALMENTE! TRECHO DA BR EM ITAPUÃ COMEÇA A RECEBER ASFALTO DE QUALIDADE, DEPOIS DE ANOS DE PROBLEMAS
Quando há incompetência, má vontade, falta de respeito com a população, há sim o que se criticar. Não se pode, num país que gera tantas riquezas, fazer serviços de segunda categoria ou simplesmente abandonar obras, como as há, aos milhares, Brasil afora. Mas quando as coisas são feitas corretamente, dentro dos prazos estabelecidos, com preços justos e qualidade, seria de uma injustiça atroz não registrar o evento positivo. O preâmbulo se faz necessário para comemorar o início da primeira fase do asfaltamento de uma das obras mais icônicas, entre as que mais causaram problemas ao Estado, na BR 364: o acesso e travessia da rodovia em Itapuã do Oeste. Depois de longos anos de problemas, de gastança em vão, de obras mal feitas, finalmente tudo está sendo construído de forma a merecer elogios. Nesta semana, sob o comando do engenheiro Emanuel Nery, do Dnit, responsável por supervisionar o trabalho, foi iniciada a pavimentação do chamado Eixo 1 da pista principal da travessia, agora realmente restaurada. Simultaneamente, está iniciando o serviços nos marginal e nos Eixos 1 e 2. “É uma grande honra, satisfação e felicidade fazer parte da execução dessa importante obra, para entregá-la com qualidade superior aos rondonienses”, comemora o representante do Dnit. Para ele, “o DNIT começa a virar uma página na história de Itapuã”!
TEATRO DE ARIQUEMES É OUTRA OBRA PÚBLICA QUE, QUASE PRONTA, ATÉ AGORA NÃO PODE SER ENTREGUE
Mais uma daquelas novelas que parecem, nunca terão o último capítulo! Iniciada em 2006, a construção do Teatro de Ariquemes acabou sendo parada durante longos anos. Em 2019, o site G1 anunciava, festivamente, que “treze anos depois e com custo superior a 13 milhões de reais, Teatro de Ariquemes deve ser entregue em Junho”! Obviamente que a manchete se referia a Junho daquele ano. Quatro Junhos depois, praticamente pronto, faltando apenas alguns detalhes, a entrega do belo prédio continua sem previsão oficial. Na semana passada, o superintendente Cultural do Estado e gestor interino da Fundação Cultural, esteve em Ariquemes para acompanhar o andamento e as etapas para a entrega do tão esperado Teatro. Segundo constatou Nery Rodrigues, na visita que fez ao lado de técnicos, há um esforço concentrado da equipe da Seosp, envolvida na obra, para concluir serviços que faltam no menor tempo possível, para só então se em anunciar oficialmente quando ela será aberta à comunidade. O que falta? Faltam ainda alguns consertos, como infiltrações, pintura e impermeabilização de pontos com goteiras. Também há necessidade de lidar com o desafio da religação elétrica, após o furto de muitos cabos de energia. Gigante, à altura do que uma cidade como Ariquemes merece, o Teatro é um sonho ainda não realizado. Tomara que tudo fique pronto ainda este ano, antes que se bata na maioridade de uma obra que Ariquemes em peso ainda espera ver concluída
PREFEITURA VAI PLANTAR 31 MIL ÁRVORES NA AVENIDA SANTOS DUMONT. A TORCIDA É QUE ELAS SEJAM PROTEGIDAS
Há cerca de uma década e meia, quando ainda era prefeito de Porto Velho, o professor Roberto Sobrinho determinou fum esforço concentrado, com o plantio de cinco mil mudas de árvores nativas, nos canteiros centrais do que, logo depois, se tornaria o Espaço Alternativo. Hoje, restam meia dúzia dessas plantas ainda em pé. Milhares foram arrancadas, pisoteadas, levadas embora, destruídas. Será que o porto-velhense mudou em relação ao plantio de árvores, numa cidade hoje muito mais quente, com muito mais ruas asfaltadas? A Prefeitura de Porto Velho espera que sim. Tanto que está organizando o plantio de nada menos do que 31 mil mudas de árvores na extensão da futura avenida Santos Dumont, que está em fase de construção. Um megaevento, voltado para o meio-ambiente, será realizado no próximo 17 deste outubro que está chegando, organizado pela Sema, a Secretaria responsável pelas questões ambientais. O secretário Robson Damasceno está otimista. “acreditamos que com a participação de organizações comprometidas, como escolas, faculdades, empresas, associações e órgãos públicos, poderemos despertar o interesse da comunidade e dos jovens nas práticas responsáveis e atitudes positivas para a valorização e preservação do meio ambiente”, afirma, ao anunciar a inovação. O que se espera é que as 31 mil mudas tenham destino completamente diferente daquelas cinco mil perdidas.
SEGURANÇA REAGE ÀS FACÇÕES NO ORGULHO DO MADEIRA. FALTA AINDA PRENDER FACÍNORAS QUE TORTURARAM MORADOR
Ainda bem que, a cada ação criminosa, a polícia rondoniense responde com uma reação rápida e eficaz. Pelo menos é o que está acontecendo no Orgulho do Madeira, hoje dominado por facções, onde as forças de segurança estão tomando conta, através da Operação Sufocare, cujo nome, por si só, explica como a presença da PM e da polícia civil naquela área, pretende impedir a expansão do crime. Embora não dê mais detalhes, até para evitar que a bandidagem saiba como as ações estão e vão continuar acontecendo, a segurança pública divulgou apenas alguns percentuais ligados à criminalidade e aos resultados no combate a ela. Em menos de uma semana, a operação no Orgulho do Madeira já fez diminuírem em quase 29 por cento os homicídios; em mais de 33 por cento os roubos; em 25 por cento os furtos. Mais ainda: duplicou a apreensão de armas no local e, também, aumentou em quase 20 por cento o percentual de foragidos presos. Aliás, em relação aos foragidos, acrescente-se que o número deles, envolvidos em crimes, principalmente na Capital, é assustador. É rara a ocorrência mais grave em que não haja participação de pelo menos um desses, além, é claro, de centenas de outros que, usando tornozeleira eletrônica, são flagrados praticando novos crimes. A segurança pública, em relação ao Orgulho do Madeira, ainda deve uma resposta à sociedade: a prisão dos facínoras que torturaram um morador, porque exigiam que ele abandonasse seu apartamento para que os criminosos tomassem conta. Como o homem não aceitou, foi quase morto a pancadas. Esses bandidos precisam apodrecer na cadeia!
ENERGISA EXPLICA PROGRAMA DE DESLIGAMENTO PROGRAMADO, PARA FACILITAR A VIDA DO CONSUMIDOR
A Energisa Rondônia reforça a importância do desligamento programado como uma medida estratégica para a manutenção, modernização e melhoria contínua da infraestrutura elétrica, garantindo assim a qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia elétrica aos seus clientes. O serviço é uma prática rotineira, realizada pelas distribuidoras de energia elétrica em todo o país. Consiste na interrupção temporária do fornecimento de energia elétrica em determinadas áreas ou localidades, de acordo com um cronograma pré-estabelecido, visando a realização de trabalhos de manutenção preventiva, inspeção de equipamentos, expansão da rede elétrica e outras atividades necessárias para o bom funcionamento do sistema elétrico. De acordo com o gerente do Departamento de Construção e Manutenção da Energisa, Carlos Alexandre Oliveira, essa ação é informada à população com 72 horas de antecedência. “A ideia é que o cliente consiga se planejar para o intervalo em que a rede elétrica estará desligada. Por isso é importante que o cliente mantenha o cadastro atualizado na empresa. Informações como nome completo, CPF e telefone para mensagem via whatsapp ajudam bastante na hora do cliente receber os avisos de desligamento programado”, explica Carlos.
PERGUNTINHA
Prestes a se fecharem nove meses do atual governo brasileiro, sua vida melhorou ou piorou em relação aos primeiros nove meses do ano passado, no governo anterior?