O fórum abriu várias vertentes para que o município de Porto Velho possa avançar no desenvolvimento sustentável e na proteção da floresta |
Ao fazer o encerramento do 2º ICLEI Amazônia e do 1º Fórum de Sustentabilidade de Porto Velho, na quinta-feira (19), o diretor jurídico da Agência de Desenvolvimento (ADPVH), Luíz Fernando, destacou as trocas de experiências e as diversas possibilidades ao município para ser mais sustentável e inovador.
“O fórum abriu várias vertentes para que o município de Porto Velho possa avançar no desenvolvimento sustentável e na proteção da floresta, com foco na melhoria da qualidade de vida das populações urbanas”, pontuou.
De acordo com Luíz Fernando, através dos debates e experiências apresentadas por diversos atores da América Latina que participaram do ICLEI Amazônia, Porto Velho, na qualidade de anfitrião do evento, colheu bons exemplos para que possam ser aplicados conforme a realidade local.
PALESTRANTES
Durante a tarde da quinta-feira (19), último dia do evento, as palestras foram apresentadas por José Rafael Lopes, gerente de tecnologia e inovação do Senai; Pedro Gomes da Cruz, engenheiro agrônomo e pesquisador na área de forrageiras, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Rondônia, e Alba Rodrigues, designer de sustentabilidade e consultora de projetos.
Além de falar sobre a história do Senai em Rondônia e no Brasil, bem como a sua contribuição com a inovação, José Rafael destacou a execução do projeto Volt, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de Rondônia (Sedec) e financiado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), voltado para a eficiência energética.
Por sua vez, Pedro Gomes falou sobre as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa para melhoria do plantio da soja, do café, mandioca e gado de leite e de corte em Rondônia, contextualizando com ações realizadas em outros estados.
“Os bioinsumos relacionados ao plantio são grandes exemplos de tecnologias que foram geradas desde a década de 80, que causam hoje, uma economia significativa para a cadeia produtiva. E quando a gente fala de economia, está falando da possibilidade de sustentabilidade dessas culturas, ou seja, melhor produtividade e mais sustentabilidade”, explicou.
Alba Rodrigues apresentou cases de sucesso utilizando fibras e sementes da Amazônia, projeto que ela realizou com quilombolas em uma unidade de conservação no Amapá. Também falou sobre a fibra da bananeira, uma experiência oriunda da mata atlântica, produto utilizado para fabricar peças de decoração.
E o terceiro foi sobre a reciclagem de materiais para confeccionar indumentária para o boi bumbá, realizado com a comunidade do bairro Mariana, na zona Leste de Porto Velho.
Texto: Augusto Soares
Foto: Ana Flávia Venâncio