Projeto de perpetuação à frente do sindicato foi rejeitado por imensa maioria, pelo placar de 1.041 a 80
A Comissão Eleitoral decidiu que as eleições serão realizadas no próximo dia 27, entre as Chapas 1 e 2 |
A assembleia extraordinária convocada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário (Sinjur), Gislaine Caldeira, para segunda-feira (6), cujo objetivo principal era destituir membros da Comissão Eleitoral que coordena a eleição no Sindicato, frustrou o projeto de perpetuação à frente do Sinjur, após resultado acachapante contra a atual diretoria. A votação foi encerrada com 1.121 votos, dos quais 1.041 votaram pela manutenção da comissão eleitoral e apenas 80 pela destituição da comissão.
O candidato a presidente pela Chapa 2 “Sinjur Somos Todos Nós”, André Coelho, avaliou que “o resultado mostrou a expressiva aprovação pelos servidores do Judiciário sobre a condução do dos trabalhos pela Comissão Eleitoral. O comparecimento em massa de servidores à assembleia mostrou que a comissão eleitoral está no caminho certo. A tentativa de cancelar as eleições não deu certo, pois o verdadeiro poder do Sinjur está na vontade de seus filiados, que manifestaram sua repulsa a qualquer sabotagem na eleição. O chamamento para a assembleia extraordinária foi um notável tiro no pé”.
A Comissão Eleitoral decidiu que as eleições serão realizadas no próximo dia 27, entre as Chapas 1 e 2, que já tiveram seus registros homologados. A partir de agora, só serão admitidos questionamentos quanto ao cumprimento de requisitos de elegibilidade, previstos no Estatuto do sindicato. Pelo Estatuto são inelegíveis: quem não tenha aprovação definitiva das contas; quem tiver lesado o patrimônio do sindicato; quem tenha má conduta comprovada; quem tiver sido destituído legalmente de sindicato e quem não passar no crivo da lei da ficha limpa.
Quanto ao questionamento do requisito de participação em 50% dos filiados em Assembleias, ficou estabelecido que não se trata de condição de elegibilidade, vez que o Sindicato não providenciou listas de presença e, portanto, não há como aferir tal exigência.
Segundo Nota de esclarecimento divulgada pela Chapa 2, “a Comissão Eleitoral tomou como base o mesmo posicionamento adotado pelas comissões eleitorais de eleições anteriores. Deste modo, seguem no pleito as Chapas 1 e 2, e se aguarda apenas o posicionamento da Comissão Eleitoral quanto às análises dos pedidos de impugnação que versem quanto aos requisitos de elegibilidade. A Comissão Eleitoral está seguindo estritamente os ditames do Estatuto do Sinjur e agora vem mais do que legitimada, pela expressiva votação de hoje”, diz trecho da nota.
“Nós da Chapa 2 estamos esperançosos que forças adversárias deixem de querer aviltar o pleito e entendam de uma vez por todas que a vontade do servidor deve ser respeitada. Então, seguimos com fé que a eleição ocorra na data prevista, sem mais tentativas obscuras e espúrias de macular o pleito”, defendeu o candidato representante da Chapa 2, André Coelho.